Crítica | Black Mirror: S02E04 - White Christmas

em 1 de dez. de 2017


Olá leitores! Tudo bem?



Hoje vou contar para vocês o que eu achei sobre o último episódio da segunda temporada de Black Mirror. 



Com certeza um dos melhores episódios da série, daqueles que você acaba de assistir e seu cérebro não para um minuto de pensar. O roteiro está espetacular, sem qualquer sombra de dúvida.

Nesse episódio temos relatos de três histórias diferentes, na verdade a terceira é uma interseção das duas primeiras. Começamos o episódio em uma cabana habitada por dois homens que, embora vivem ali há bastante tempo, nunca tinham tido uma conversa para se conhecerem.

É noite de natal, e inspirados por esse clima e por taças de vinho, ambos começam a contar suas histórias. 

Matt trabalhava com uma nova tecnologia que faz uma cópia da consciência de uma pessoa e a aprisiona dentro de um dispositivo, essa parte é um pouco confusa de entender. É como se fizesse uma cópia de você e a escravizasse para que esse "clone" facilitasse a sua vida, já que ele sabe exatamente tudo sobre você (na verdade ele é você, só que sem um corpo), trabalhando para você. Só que o problema é que esse "novo eu" tem sentimentos também e é bem conflitante assistir a tudo isso.


Além desse trabalho, Matt atuava dando conselhos amorosos, como no filme "Hitch, conselheiro amoroso", onde ele assessora um rapaz sobre o que fazer, falar e se comportar em frente á conquista pretendida. Porém esse trabalho não dá certo, e sua esposa acaba descobrindo e decide "bloquear" o marido. No episódio quando você bloqueia alguém, ela passa a ser um borrão para você, onde você não consegue nem ouvir e nem falar com a pessoa, e vice-versa.



Potter também conta a sua história. Tudo começa quando ele descobre um teste de gravidez de sua esposa. Ela estava grávida, mas não queria ter o filho. Eles então brigam, e ela simplesmente resolve "bloqueá-lo" da sua vida. Ele fica super chateado, mas depois descobre que ela manteve a gravidez, porém não consegue ter contato com sua filha. Até aí, não dá para entender porque a esposa faria uma coisa dessas, fingir que não teve o filho e impedir o pai de vê-lo, porém no final entendemos o porquê (e deu muita pena do Potter).



Enfim são histórias complexas e difíceis de contar sem dar spoilers, mas posso garantir que você vai ficar um bom tempo refletindo. 

Hoje o que fazemos quando alguém tem uma opinião diferente da nossa nas redes sociais? É muito mais fácil bloquear e não ter que lidar com opiniões adversas às nossas e viver dentro de uma bolha onde todos pensam iguais, do que realmente se abrir a possibilidade do diálogo.

Outra crítica forte do episódio é sobre os limites quanto à manipulação de uma tecnologia que replica uma consciência para fazer as nossas próprias vontades? Enquanto a isso não sei muito o que pensar...

Mais uma vez, essa série se destaca na inteligência a qual foi produzida, não tem como não recomendá-la a cada episódio assistido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Topo